segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ELOGIO DA AMADA NO CÂNTICO DOS CÂNTICOS


                          
“Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumo,
perfumada de mirra”
 Cântico dos Cânticos


Ela vem como ilusão de óptica no deserto
as faces rodeadas de uma água solar, a luz
do seu rosto se derrama, a cor dos seus lábios
sufoca os meus olhos

Ela vem como algodão de nuvens
as minhas mãos são rudes indignas da seda
dos lírios que florescem nos seus dedos

A minha amada vem ágil como o vento
a dançar nos véus do seu cabelo

Vem esplêndida, a minha amada vem como um alvo
de beleza para todos os olhares.


01-08-2014

©  J.T.Parreira

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